![]() |
Jonathan Campos/Gazeta do Povo
|
Oposição geral
São inúmeros os motivos apresentados pelo senador Alvaro
Dias para deixar o PSDB (protocolou a desfiliação na última quinta) e entrar no
PV. Segundo registrou aFolha de São Paulo de
sexta-feira (8), Alvaro diz que agora ficará mais à vontade para fazer oposição
ao governo tucano estadual e também ao governo petista federal, com o qual o
PSDB vem sendo condescendente.
Verão quente
Coisa para o comando da Polícia Militar apurar: donos de
bares e restaurantes do litoral paranaense, com medo de represálias ou sem
saber a quem apelar, procuraram a coluna dizendo-se alarmados com a conduta de
alguns (poucos, eles reconhecem) policiais que participam da Operação Verão: à
noite ou em períodos de folga, sem farda, chegam armados e assumem atitudes que
assustam donos, garçons e fregueses. Já houve até registro de saírem sem pagar
a conta.
Quem encaminhou o assunto a Janot foi o procurador-geral de
Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, após conhecer os termos finais do
inquérito conduzido pelo Gaeco. Quinze dos envolvidos, que não têm foro
privilegiado, responderão diretamente a um juizado de primeiro grau, no caso a
9.ª Vara Criminal de Curitiba.
Segundo fontes extra-oficiais, no entanto, pelo menos um
deputado federal e dois estaduais estariam metidos no esquema até o pescoço.
Como têm foro privilegiado e por terem praticado crimes conexos, o destino dos
três é andar juntos rumo à PGR, em Brasília.
Caberá a Janot oferecer denúncia ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) contra os três parlamentares ou apenas contra o detentor do
mandato federal; ou, numa segunda hipótese, desmembrar o processo e mandar de
volta ao Paraná para que o Tribunal de Justiça acate (ou não) a denúncia contra
os dois estaduais.
As investigações, que tomaram o nome de Operação Quadro
Negro, foram inicialmente conduzidas pelo Nurce, delegacia da Polícia Civil
encarregada da repressão a crimes econômicos. O Gaeco, braço policial do
Ministério Público, entrou também na parada e, na última quinta-feira, ofereceu
denúncia contra os 15 “bagrinhos”.
O destino dos privilegiados “peixes grandes” – cujos nomes
são mantidos sob sigilo – é da alçada da competência do procurador-geral
Gilberto Giacoia, que cumpriu o procedimento normal e legal de encaminhar o
caso a PGR.
As origens
Tudo começou quando, em março do ano passado, o então
presidente da Fundepar, Jaime Sunyé Neto, percebeu estranhos comportamentos de
um subordinado, o presidente da Sude, Maurício Jandoi Fanini, que mandava pagar
à empreiteira Valor, como se prontas estivessem, por obras de construção de
escolas que ainda estavam só no papel. Sunyé denunciou os fatos ao secretário
da Educação, na época Fernando Xavier, que abriu a devida sindicância.
Estranhamente, Sunyé e Xavier foram exonerados dias depois.
Na sequência da sindicância e, depois, por meio da
investigação policial, os participantes do esquema foram identificados. Além de
Mauricio Jandoi, foram indiciados os donos da construtora Valor, seus
“laranjas”, os engenheiros que faziam falsas medições, e um lobista que
facilitava as coisas. São estes os 15 denunciados pelo Gaeco.
No decorrer da Operação, apareceram também deputados que,
supostamente, seriam beneficiários do esquema – mas seus nomes são mantidos sob
rígido sigilo. O MP também não confirma (nem nega) que são três. O que incomoda
parlamentares inocentes.
Fonte: Assessoria de Imprensa –
Gazeta do Povo
0 comentários :