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Foto:
Reprodução/TVGlobo
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As autoridades colombianas confirmaram a morte de 75 pessoas
no acidente aéreo com a delegação da Chapecoense na madrugada desta terça-feira
(29), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Ainda não há
confirmação oficial do nome das vítimas.
De acordo com a Aeronáutica Civil da Colômbia, seis pessoas
foram resgatadas com vida do acidente, sendo três jogadores da Chapecoense: o
lateral esquerdo Alan Ruschel, o goleiro Follmann e o zagueiro Neto. O
jornalista Rafael Henzel e os tripulantes Ximena Suarez e
Erwin Tumiri completam a lista de sobreviventes.
Membro da equipe de resgate, a Cruz Vermelha da
Colômbia coloca o goleiro Danilo entre os sobreviventes. A entidade, que chegou
a divulgar que o jogador não resistiu aos ferimentos no hospital, voltou atrás
e o incluiu na lista de feridos. O UOL Esporte entrou em contato com
Chapecoense, CBF e autoridades colombianas, mas não conseguiu confirmar a
informação.
As primeiras informações sobre sobreviventes, divulgadas no
início da manhã pelo general José Acevedo Ossa, membro da
polícia local e responsável pelo resgate, e pelo prefeito de
Medellín, Federico Guitiérrez Zuluaga, afirmavam que apenas
cinco pessoas haviam sido encontradas vivas. Posteriormente, porém, o corpo de
bombeiros divulgou o resgate do zagueiro Neto.
"Milagres existem. Temos que tirar todos da aeronave.
Encontramos mais uma pessoa viva na aeronave", disse um dos bombeiros
envolvidos, sobre o resgate de Neto.
"Estamos trabalhando também para resgatar os corpos dos
mortos e entregar às suas famílias. Conseguimos resgatar cinco pessoas com
vida. Quando amanhecer, vamos retirar os corpos e iniciar o processo para
enviar ao país de origem das pessoas. O procedimento do resgate de corpos
estará a cargo da polícia", disse Ossa.
"Socorristas trazem a informação deste lugar de muito
difícil acesso. Estou fazendo a coordenação dos transladados dos corpos e
chamando a polícia legal. São quase cinco da manhã. Vamos trabalhar toda a
noite. Expressamos nossa solidariedade às famílias, estamos de luto. Algumas
vítimas têm diferentes nacionalidades. Prestamos solidariedade total. Lamento
muito, estamos solidários. É muito duro. Não cabe tanta gente que está querendo
trabalhar nos resgastes. Não cabe mais ambulância, mais carros. Temos que
valorizar o trabalho de toda essa gente", disse Zuluaga.
O presidente do Atlético Nacional destacou solidariedade à
Chapecoense à Telemedellín, TV colombiana. "Estamos falando com todos os
departamentos administrativos e de crise que temos para ajudar e estamos
trabalhando junto aos organismos de socorro. No momento podemos nos
solidarizar. Desejamos o melhor. Creio que não temos cabeça no momento (para
falar de jogo)", comentou.
No voo estavam 81 pessoas, incluindo 72 passageiros e nove
tripulantes. No total, eram 48 membros da Chapecoense, incluindo 22 jogadores,
21 jornalistas e três convidados, além da tripulação. O modelo do avião é o
Avro Regional Jet 85, também conhecido como Jumbolino, de matrícula CP-2933,
produzido pela British Aerospace. O avião tem lugar para 95 pessoas.
Alguns atletas da Chapecoense não viajaram com a delegação.
A lista inclui os seguintes jogadores: Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei,
Hyoran, Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima. Eles não vinham sendo utilizados
pelo treinador Caio Júnior.
Na lista de convidados da Chapecoense para a viagem à
Colômbia, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estava no voo. Outros
dois membros da delegação, Rodrigo Ernesto e Pablo Castro, também não estavam
com o restante da equipe. Ambos cuidam da logística do time, chegaram antes a
Medellín e estavam no aeroporto para o receptivo.
Fonte: Uol
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