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Foto: Weber
Sian / A Cidade On
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O empresário Marcelo Plastino, um dos investigados
pela Operação Sevandija da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP),
foi encontrado morto em seu apartamento na noite de ontem (25), em Ribeirão
Preto (SP). Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, Plastino se matou
com um tiro na cabeça, cumprindo assim as ameaças de que iria se suicidar e que
eram feitas, de acordo com testemunhas, desde que deixou a cadeia, no início de
outubro.
Plastino era proprietário da Atmosphera, empresa utilizada
por políticos em um esquema de contratação irregular de funcionários públicos
para trabalharem na prefeitura local por meio de um acordo feito com a
Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp). Ele foi preso no
início de setembro, quando a Operação Sevandija foi deflagrada. A ação contou
com a detenção de outros políticos e o afastamento de nove vereadores da Câmara
local, todos investigados por terem utilizado a Atmosphera para emplacar
apadrinhados no governo da prefeita Dárcy Vera (PSD).
O esquema, considerado o maior da história da cidade do
interior paulista, é um dos investigados pela operação da PF e do MP que aponta
o desvio de ao menos R$ 203 milhões da prefeitura local. Plastino foi solto
após obter um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a Polícia
Civil, a namorada do empresário, Alexandra Martins chamou um médico e um
advogado de Plastino após ele se trancar no quarto.
Diante da ameaça do empresário e de ele não ter respondido
aos chamados, o Corpo de Bombeiros também foi acionado, a porta foi arrombada e
ele foi encontrado morto em uma banheira. O corpo foi levado ao Instituto
Médico Legal (IML) e, segundo a polícia, a arma utilizada por Plastino não
estava registrada.
Fonte: Estadão
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