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Foto: Reprodução |
O ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht
Cláudio Melo Filho denunciou a entrega de dinheiro em espécie no escritório do
advogado José Yunes, um dos conselheiros mais próximos do presidente Michel
Temer (PMDB), durante a campanha eleitoral de 2014, revelam o portal Buzzfeed
News e a revista Veja, que disseram terem acessado o termo de delação premiada
de Melo Filho, um dos executivos da construtora que fechou acordo de
colaboração com o Ministério Público Federal na última semana. As cifras fariam
parte de um repasse de R$ 10 milhões que Temer teria negociado com
ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, em uma reunião no Palácio do
Jaburu, em 20 de maio daquele ano, dois meses depois do início da Operação
Lava Jato.
O repasse resultou de um pedido de apoio financeiro feito por Temer a
Odebrecht em maio daquele ano, quando o peemedebista ainda ocupava a
vicepresidência.
A solicitação foi feita em jantar no Palácio do Jaburu [residência oficial do
vice], do qual também teria participado o ministrochefe da Casa Civil Eliseu
Padilha (PMDBRS), segundo Melo.
A Revista Veja informou que teve acesso à íntegra
dos anexos da delação de Melo Filho, que trabalhou por doze anos como diretor
de Relações Institucionais da Odebrecht.
Em 82 páginas, o executivo contou como a maior empreiteira do
país comprou, com propinas milionárias, integrantes da cúpula dos poderes
Executivo e Legislativo.
Segundo a revista, deputados, senadores, ministros,
ex-ministros e assessores da ex-presidente Dilma Rousseff também receberam
propina. A distribuição de dinheiro ilícito teria alcançado integrantes de
quase todos os partidos.
O delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos
para provar suas afirmações. Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht, o dono
da empresa, combinando o pagamentos a políticos importantes, identificados por
valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e
“Botafogo”.
A assessoria da presidência da República afirmou que não é verdadeira a
versão de que Yunes tenha recebido dinheiro em seu escritório.
“A informação é completamente falsa. José Yunes jamais recebeu recursos em
seu escritório e não arrecadou recursos para campanhas”,
diz nota da assessoria. “O que já foi admitido anteriormente é que o presidente conversou com
Marcelo Odebrecht e solicitou
auxílio para campanha. O auxilio foi dado de
forma legal e as contas foram devidamente prestadas ao TSE”, completou.
Fonte: Parana Portal
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