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Foto: Arnaldo Alves / ANPr. |
Metodologias de produção, como a integração da lavoura,
pecuária e floresta, disseminadas pelo Governo do Estado, em parceria com a
cooperativa Cocamar, de Maringá, triplicaram a produtividade de propriedades
rurais da região do Arenito Caiuá - Noroeste do Paraná. Formada por 107
municípios e com área total de 3,2 milhões de hectares, a região tem um solo
suscetível à erosão e precisa de técnicas inovadoras para o manejo da terra.
Nesta quinta-feira (27), governador Beto Richa participou do
Encontro Regional de Gestores do Arenito Caiuá, realizado em Cianorte, e
reafirmou o compromisso do Governo do Estado com a região. "Atuamos junto
aos produtores e lideranças do setor para instituir e ampliar as melhores práticas
de produção indicadas para a região do Arenito", disse Richa.
O encontro reuniu lideranças do setor, cooperativistas,
técnicos e secretários municipais de municípios da região e serviu para a
divulgação e disseminação da metodologia de produção integrada
lavoura/pecuária/floresta, como fator de geração de renda na região.
"Queremos divulgar práticas mais modernas para
incrementar ainda mais a produção integrada entre lavoura, pecuária e floresta,
com diversificação das propriedades, novas tecnologias e acompanhamento
técnico", complementou o governador.
RESULTADO –
O governo estadual, por meio do Instituto Emater e Iapar, acompanha 15
propriedades rurais na região, que recebem assistência técnica para a
implantação do cultivo integrado. Elas são unidades de referência e servem de
modelo para as demais. “Nosso trabalho é fazer a difusão da metodologia nesses
locais e dar todo apoio necessário na organização dos produtores, com correção
do solo, manejo da pastagem e introdução de novas culturas. Assim, mostramos
aos produtores que o método é confiável é dá resultado”, relatou o presidente
da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann.
RENOVAÇÃO -
Entre as ações recomendadas pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento
está a renovação da lavoura e a criação de gado na mesma área, junto com o
plantio de árvores. O secretário Norberto Ortigara explicou que um dos modelos
é a renovação da pastagem com grãos e com braquiária (que aumenta a fertilidade
do solo), o que encurta o tempo do abate do gado. “Ao mesmo tempo, o agricultor
pode plantar árvores de eucaliptos, que além de fazer sombras para os animais,
podem ser aproveitadas no futuro na indústria de celulose”.
Para o presidente do Conselho de Administração da Cocamar,
Luiz Lourenço, a parceria entre o Estado e a cooperativa tem sido essencial
para o desenvolvimento da região. “Nos últimos anos, temos sido atendidos pelos
órgãos governamentais, mas acredito que uma parceria mais próxima poderia gerar
ainda mais resultados”, disse.
PRODUTIVIDADE –
O pecuarista Gerson Magnoni Bortoli, de Perobal, próximo a Umuarama, implantou
a metodologia de cultivo integrado há 12 anos. “A Emater, junto com técnicos da
Cocamar, tem nos dado assessoramento e treinamento e apoio no desenvolvimento
da propriedade”, contou.
No verão, Bortoli produz grãos, como a soja, e no inverno
ele trabalha com a pecuária. “Desde então, dobrei minha produtividade, saindo
de 35 para 70 sacas de soja por hectare, volume que chega a ser maior do que a
média estadual e a nacional”, contou.
ARENITO –
A região do Arenito é a mais importante região pecuária paranaense e tem 72% de
sua área coberta por pastagens. De acordo com a Emater, 36,5% do rebanho bovino
do Estado, estimado em 9,6 milhões de cabeças.
PRESENÇAS -
Participaram do encontro o prefeito de Cianorte e presidente da Associação dos
Municípios do Médio Noroeste do Estado do Paraná (Amenorte), Claudemir
Bongiorno; o diretor-presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar),
Florindo Dalbert; o chefe da Casa Militar, Coronel Élio de Oliveira Manoel; o
secretário de Estado de Esporte e Turismo, Douglas Fabrício; o presidente da
Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Assis Chateaubriand,
Marcel Micheletto; o presidente da Associação dos Municípios do Noroeste do
Paraná (Amunpar) e prefeito de Santa Cruz do Monte Castelo, Francisco Antonio
Boni; o diretor-presidente do Instituto de Florestas do Paraná, Benno Henrique
Doetzer; os deputados estaduais Jonas Guimarães e Fernando Scanavaca.
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