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Foto: Reprodução |
O aumento do PIS/Cofins determinado pelo governo Temer fez a
gasolina amanhecer mais cara nos postos de combustíveis de Curitiba. Desde a
manhã desta sexta-feira (21), muitos postos já elevaram em até R$ 0,60 o preço
do litro, apesar do reajuste de impostos ter um efeito de até R$ 0,41, e ainda
não ter sido aplicado pelas distribuidoras.
Enquanto até ontem era possível encontrar o litro da gasolina a preços
variando de R$ 3,04 a R$ 3,10 o litro, hoje esse valor já chega a R$ 3,79 e até
a R$ 3,89. Nos postos em que o preço antigo foi mantido, filas de motoristas
buscam abastecer ainda com o valor sem o aumento.
O governo dobrou as alíquotas de PIS e Cofins da gasolina e elevou em 86%
a do diesel. O resultado é que, a partir desta sexta (21), o litro da gasolina
poderá sofrer reajuste de até R$ 0,41, e o do diesel, de R$ 0,21. No etanol, a
alta poderá chegar a R$ 0,20. O governo espera arrecadar R$ 10,4 bilhões até o
final deste ano com a medida. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse
que o aumento de tributos era a única saída neste momento para elevar as
receitas do governo, que vêm diminuindo com a recessão.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, "tudo o que
fazemos é para beneficiar o bolso do cidadão. Ganhando mais, com emprego e com
menos inflação". "A inflação está reagindo bem, está caindo bastante.
O momento em que se poderia fazer esta medida era agora, quando há espaço ainda
na inflação, com previsão de ficar abaixo da meta", disse o ministro em
Mendoza. Economistas preveem que a elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre
combustíveis deve adicionar entre 0,5 ponto e 0,6 ponto percentual à inflação
de 2017.
No acumulado em 12 meses até junho, a inflação ficou em 3%, abaixo da meta
oficial do governo, de 4,5%. Desde abril deste ano que o índice acumulado vem
mais baixo do que a meta -algo que não ocorria desde agosto de 2010 e o mais
baixo desde março de 2007, quando o indicador foi de 2,96%. Além do aumento de
impostos, o governo congelou mais R$ 5,9 bilhões em despesas, aprofundando o
arrocho na máquina pública e pondo em risco a continuidade de serviços no próximo
mês.
Em março, a equipe econômica já tinha bloqueado R$ 42 bilhões do
Orçamento, mas pouco depois foi preciso liberar R$ 3 bilhões para gastos
obrigatórios com saúde. Em busca de apoio no Congresso para barrar a denúncia
criminal apresentada pelo Ministério Público contra ele, o presidente Michel
Temer também liberou R$ 1 bilhão para projetos patrocinados por parlamentares
em suas bases eleitorais.
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