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Foto: Reprodução |
A recepcionista Luana Fernandes Hungria, 24 anos, morta a
tiros na tarde da terça-feira (11) em Salvador, Bahia, terminou o
relacionamento por medo do comportamento ciumento do namorado. Eles se
conheceram ainda criança, cresceram na mesma rua e começaram a namorar havia
cerca de cinco meses. Há cinco dias, Luana resolveu terminar o relacionamento,
mas o motorista José Carlos Lopes queria reatar.
Na tarde da terça-feira (11), a jovem saiu da clínica onde trabalhava por
volta das 14h. Na ida para casa, resolveu encontrar com a amiga Janaína Aguiar
Silva Bispo, 24, que também mora no Uruguai. As duas caminhavam juntas até a
Rua José Geraldo Veloso Gordillho, onde a recepcionista morava, quando foram
surpreendidas pelo ex, que chegou armado em uma moto Honda Fan preta. O irmão
da vítima, Lázaro Hungria, 32, confirmou que Luana resolveu colocar um ponto
final na relação depois que José Carlos passou a exceder no ciúme.
“Ele passou a proibir ela de ter amizades. Ele reclamava muito porque a minha
irmã tinha muitas amizades com homens”, diz. Ainda segundo ele, Luana e o
motorista cresceram na mesma rua, no Uruguai. “Nós conhecemos toda a família,
não imaginávamos que ele, um cara tranquilo, pudesse fazer isso com ela”,
completa.
No sábado (8), José Carlos esteve na casa de Luana. “Eles conversaram por
um tempo, mas não brigaram. No final, ele se despediu da minha mãe e chamou ela
de sogra”, lembra o irmão. Ele conta ainda, que três dias antes do crime, Luana
chegou a alertar a mãe sobre o comportamento do ex-namorado.
“Até então ela não tinha se queixando dele. Só no sábado, ela conversou
com minha mãe sobre o ciúmes, mas não chegou a dizer que estava sendo
ameaçada”.
A mãe do motorista também havia alertado ao filho sobre o ciúmes que ele
tinha com a nora.
“Ela dizia que o filho iria acabar perdendo Luana de vez. A mãe chamou
atenção dele várias vezes para a forma como ele vinha tratando minha irmã”,
conta o irmão.
O crime aconteceu na mesma rua onde os dois teriam engatado o
relacionamento, em frente à casa da tia do acusado. Luana conversava com
Janaína no momento da abordagem. De acordo com os familiares da vítima, José
Carlos desceu da moto ameaçando a jovem, foi quando um primo viu a confusão e
tentou intervir.
“Ele gritava: ‘Saia da frente, saia da frente'”, conta o irmão da jovem.
Luana tentou se esconder na garagem da residência para ligar para a mãe do
motorista. “Foi aí que ele puxou ela e efetuou o primeiro disparo. Depois do
primeiro tiro, a amiga tomou a frente e também ficou ferida”. Segundo a Polícia
Civil, foram três disparos.
Luana foi baleada no braço e no tórax, chegou a ser levada por familiares
para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de San Martin, mas acabou morrendo.
Ela deixa uma filha de 2 anos, fruto de outro relacionamento – a criança ainda
não sabe da morte da mãe. “Já pensei em mil e uma formas de contar que mãe dela
não está mais aqui. Minha irmã, apesar da pouca idade, era madura e matava e
morria pela filha”, lembra o irmão.
A família não sabe do paradeiro de José Carlos e ele está sendo procurado
pela polícia. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP).
Fonte: CGN/Correio 24 Horas
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