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Foto: Reprodução |
O suspeito de violentar sexualmente Kauan Andrade, 9 anos,
até a morte, no último dia 25 de junho, mesma data em que a vítima desapareceu, no Bairro Coophavila, foi levado para uma das celas da Derf (Delegacia
Especializada de Roubos e Furtos), na tarde deste sábado (22). Após matar a
criança, o suspeito e um adolescente de 14 anos que participou do crime,
jogaram o corpo no rio Anhanduí, em Campo Grande.
A Polícia Civil parece ter chegado a um desfecho do caso do
desaparecimento do menino. O depoimento de um dos suspeitos presos revela que a
criança foi morta no mesmo dia em que desapareceu, enquanto era violentado por
um pedófilo de 38 anos.
O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca
(Delegacia de Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que já
havia revelado que um dos suspeitos confessou o assassinato, um adolescente de
14 anos, confirmou a versão dada sobre o homicídio.
Crime
Segundo Lauretto, o adolescente, apreendido, contou que
atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa de um pedófilo, de 38
anos, também já preso preventivamente, no Bairro Coophavila. A criança teria
falecido enquanto era violentada.
Durante o abuso sexual, praticado pelo suspeito, o menino
sangrou e começou a gritar por socorro, sendo segurado pelo adolescente, e pelo
próprio agressor, que tapou a boca da criança, que desmaiou.
A perícia já encontrou sangue no colchão e no chão da casa
do homem, que podem ser de suas vítimas, já que a presença de crianças seria
constante no local.
Com Kauan desfalecido, não se sabe ainda se desmaiado ou já
sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e
‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1hr da manhã do dia 26 de junho.
O próprio adolescente que atraiu a criança para a casa do
suspeito já tinha sido abusado pelo homem de 38 anos, ainda não identificado
pela Polícia Civil.
Na casa do suspeito os policiais encontraram fotos e vídeos
de pornografia infantil, e outras duas vítimas, tambem crianças que estariam em
situação de vulnerabilidade, foram identificadas durante as investigações do
desaparecimento de Kauan.
Nem mesmo as famílias das vítimas sabiam dos abusos. O
adolescente disse que o homem prometia dinheiro às crianças que encontrava na
rua, e segundo ele, no dia que sumiu Kauan estava guardando carros em um
estabelecimento no Bairro Coophavila.
O delegado Paulo Sérgio Lauretto também revelou que os
Bombeiros encontram um saco plástico com vestígios de cabelo, que podem ser de
Kauan, o que ainda não foi confirmado.
O homem suspeito de ser pedófilo foi preso ontem,
sexta-feira (21), no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo
corpo do menino. Ele está preso preventivamente pelos crimes de estupro de
vulnerável, exploração sexual infantil, e em flagrante po armazenamento de
pornografia sexual infantil, e deve responder posteriormente por homicídio e
ocultação de cadáver.
O suspeito de 38 anos nega o envolvimento no crime e a
presença de crianças em sua casa.
Desaparecimento
Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, desapareceu no
dia 25 de junho, quando saiu de casa para brincar com amigos. A casa do menino
fica a aproximadamente 2 km do local das buscas.
Informações adquiridas pelos parentes dão conta de que Kauan
e os amigos estariam cuidando de carros em uma lanchonete no Bairro Cophavila
II. Já no período da noite, um mototaxista teria visto as crianças e ameaçado
chamar o conselho tutelar.
Com medo, um dos garotos teria pedido para que o mototaxista
o levasse de volta para casa. A segunda criança teria retornado a pé e, segundo
os dois, Kauan teria permanecido no local.
A família registrou Boletim de Ocorrência na Depac
(Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga e as
investigações são feitas pela Depca (Delegaca Especializada de Proteção à
Criança e ao Adolescente).
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