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Foto: André Durão/GloboEsporte.com |
Finalizado o primeiro julgamento no Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD), que decidiu pela perda de seis mandos de campo e a
interdição de São Januário, o Vasco começa a se movimentar nos bastidores para
minimizar os danos. Duas frentes serão abertas nos próximos dias: o clube vai à
Polícia Civil com novas provas para provar que foi prejudicado na confusão do
dia 8 de julho; e a diretoria começará a analisar onde mandar os jogos a 100
quilômetros do Rio de Janeiro.
A tese do Vasco é de que a principal responsável pelos
incidentes em São Januário foi a Polícia Militar. No julgamento do STJD, o
advogado do Vasco, Paulo Rubens Máximo, chegou a usar o termo “ato terrorista”
para definir o que acredita que foi um caso premeditado para prejudicar o
clube. Por isso, o clube busca mais provas para abrir o máximo de procedimentos
possíveis na Polícia Civil.
- Foi um ato terrorista, isso não se consegue prever. Houve
em Londres um incidente com bomba, e não se interditou o estádio. A polícia
identificou e foi atrás prender. O clube não quer dizer que está tudo normal.
Mas essa responsabilidade tem de ser mitigada pelo tribunal. O clube se cercou
de todos os cuidados. Não há tentativa de invasão, as pessoas subiram no
alambrado para chamar a PM para a briga, depois das bombas no meio da torcida -
disse o advogado do clube, Paulo Rubens Máximo.
Na última semana, o clube deu entrada na 17ª Delegacia com
pedido de apuração de ações que considerou que caracterizam “ilícitos penais
diversos”. Na notícia-crime protocolada, há exemplos de pessoas em redes
sociais incitando a violência e ameaças a Eurico.
Regulamento tem brecha sobre
mando de campo
Enquanto espera o julgamento no Pleno do STJD, o Vasco
analisa suas possibilidades. No Rio de Janeiro, a opção mais viável para mandar
os jogos é Volta Redonda. Porém, o clube identificou no Regulamento Geral das
Competições de 2017 uma brecha.
O segundo parágrafo do artigo 63 indica que “o estádio
substituto poderá situar-se em outro estado, desde que a federação local que
estiver recebendo a partida esteja de acordo”. O Vasco aguarda um
posicionamento da CBF em relação a isso para avançar nas tratativas.
Ao saber da possibilidade de punição ao Vasco, a
administração da Arena da Amazônia, em Manaus, ofereceu
o estádio ao clube. Entretanto, o longo deslocamento não agrada, e a cidade
é considerada improvável para receber jogos.
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