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Foto: USP Imagens |
Em agosto deste
ano, o número de famílias endividadas no Paraná chegou a maior marca desde
2013. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) mostra
que o índice é de 89,9%, enquanto a média nacional foi de 58%. O desafio é
presente entre famílias de todas as classes sociais.
De acordo com a
pesquisa, elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Paraná (Fecomércio PR), apesar do aumento no endividamento, houve
melhora na variação mensal nas contas em atraso.
O índice passou de
29,8% em julho para 28% em agosto. Além disso, foi registrada na redução da
parcela de famílias sem condições de quitar seus débitos, que em julho
correspondiam a 11,6% e em agosto baixaram para 11,1%.
O cartão de crédito
representa a dívida mais comum 67,7%, seguido do financiamento imobiliário
(11,2%), do financiamento de veículo (10,4%) e dos carnês (3,8%) - são muito
mais utilizados como forma de pagamento pelas famílias com renda até dez
salários mínimos (4,5%).
Entre as famílias
com renda superior, essa modalidade de parcelamento praticamente não é
utilizada, com apenas 0,6%. Já o empréstimo consignado e o crédito pessoal são
responsáveis, cada, por 2,7% do endividamento e também são meios de aquisição
de crédito mais utilizados pelos consumidores de menor renda (3% ante 1,3%
entre aqueles que têm maiores salários).
Todas as classes
De modo geral, o
endividamento atinge todas as classes econômicas em patamares similares: 89,8%
das famílias com renda até dez salários mínimos e 90,6% nas famílias com
rendimentos superiores.
Mas as dificuldades
para pagamento dos compromissos financeiros são maiores entre os consumidores
de menor renda. O percentual de famílias das classes C, D e E com contas em
atraso chega a 31,4%, ante 14,7% nas classes A e B. A inadimplência, ou seja, o
atraso no pagamento das dívidas acima de 90 dias, também é maior entre aqueles
com rendimentos mais baixos: 50,2% ante 44% entre os paranaenses com renda
acima de dez salários mínimos.
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