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Foto: Reprodução |
A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral
recorreu hoje (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a sua
transferência para o presídio federal em Campo Grande.
Na petição, os advogados pedem que Cabral continue preso na
unidade prisional de Benfica, no Rio de Janeiro, e afirmam que a transferência
pode colocar a segurança do ex-governador em risco. O mesmo pedido já foi
rejeitado por todas as instâncias da Justiça.
"Aliado a tudo isso está o fato de que o presídio
federal eleito para receber o paciente, em Mato Grosso do Sul, abriga dez
criminosos oriundos do Rio de Janeiro, dentre os quais certamente estão alguns
dos meliantes para lá transferidos por iniciativa ou provocação do próprio
paciente”, argumenta a defesa.
A
transferência foi determinada na segunda-feira (23) pelo juiz
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Cabral está preso desde novembro
do ano passado no Rio em função das investigações da Operação Lava Jato no
estado.
A ida para o presídio federal foi determinada por Bretas
depois que, em depoimento, Cabral demonstrou ter informações sobre a família do
juiz. O ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com
bijuterias e seria a empresa mais importante do ramo no estado. A declaração
foi interpretada pelo juiz e pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma
tentativa de intimidação e um indício de que Cabral estaria recebendo
informações indevidas dentro do presídio.
A defesa de Cabral argumenta que os fatos citados no
interrogatório são de conhecimento público. Os advogados do ex-governador
alegam que sua transferência para outro estado poderia significar ameaça a sua
segurança, porque Cabral se empenhou para obter a transferência de vários
criminosos de alta periculosidade para presídios federais.
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