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Foto: Agência O Globo |
Como sempre, o trabalhador
paga a conta do governo. Em uma das medidas provisórias, o governo adiou o
reajuste dos servidores federais para 2019 e elevou a contribuição
previdenciária da categoria de 11% para 14%, para servidores públicos com
salários acima de R$ 5 mil.
Temer também adiou
o reajuste do funcionalismo de 2018 para 2019 e aumentou o imposto de renda
(IR) para fundos exclusivos, aumentando impostos para estes fundos. Nas MP’s, a
projeção para o salário-mínimo do ano que vem foi reduzida de R$ 969 para R$ 965.
Para o deputado
Zeca Dirceu, as propostas servirão para cobrir a conta que Temer pagou a sua
base aliada. “Essas duas MP’s provam o tamanho do rombo nas contas públicas,
causado pela compra de apoio parlamentar para salvar a pele de Temer e de seus
ministros, da última denúncia por organização criminosa e obstrução à Justiça.
Lamentável ver o país aumentar suas despesas, muitas vezes desnecessárias e
contingenciar despesas vitais e estratégicas, como ocorre na saúde, na
educação, na área social e tantas outras”, afirmou.
As duas medidas
provisórias deverão ser apreciadas no ano que vem pelo congresso e foram feitas
para cobrir o rombo da meta fiscal de um déficit de R$ 129 bilhões para R$ 159
bilhões.
O parlamentar
ressaltou que será fundamental lutar contra as medidas na Câmara dos Deputados.
“O governo tem um único fim, que é sua manutenção no poder, mas as provas são
de que a corrupção nunca foi tão ampla no país e sem nenhum tipo de disfarce.
Foram malas de dinheiro, um apartamento com R$ 51 milhões, sem falar no
patrimônio nacional sendo entregue a preço de banana. Na Comissão de Orçamento,
vamos denunciar os absurdos dessas MP’s e tentar barrar esse período tão
conturbado e de retirada de direitos, no Brasil”, finalizou o deputado.
Facilidades para
privatização
Na quarta-feira
(1º), véspera de feriado, Temer publicou decreto que cria um regime especial
para venda de empresas de economia mista como a Petrobras e a Eletrobras,
reforçando que privatizar uma parcela significativa de empresas estatais é uma
das prioridades da gestão.
Na verdade, o
decreto, que trata sobre o "regime especial de desinvestimento de ativos
de empresas de economia mista", previsto para as subsidiárias e as
empresas controladas pelas estatais, vai facilitar e acelerar a privatização de
mais estatais, como já vem sendo feito pelo governo de Temer. O texto prevê
etapas para o repasse dos ativos, entre eles a análise das propostas por
comissões de avaliação e alienação, que podem dar celeridade às negociações.
“Mais um absurdo descabido de Temer e sua equipe. Será mais uma luta nossa. Não
podemos deixar que o país se acabe dessa forma”, defendeu o deputado Zeca
Dirceu.
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