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Foto: Reprodução |
A Polícia Federal cumpriu 67 mandados na Operação Enigma,
contra o tráfico de drogas, deflagrada na manhã desta sexta-feira (17). Foram
20 mandados de prisão, e entre os detidos, dois foram flagrante e
seis pessoas são da mesma família, eles eram os responsáveis por
distribuir cerca de 200 quilos de crack e cocaína por mês, em Curitiba e Região
Metropolitana.
“Um pai, dois filhos, o cunhado deste homem, mais dois
filhos”, afirmou o delegado Vinicius de Oliveira. Entre eles, 4 foram detidos
no Mato Grosso do Sul, um em Curitiba e o outro em Santa Catarina.
Os investigados serão encaminhados para Curitiba, com
exceção dos presos em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os nomes não foram
divulgados.
“Os nossos investigados presos hoje trabalhavam com grandes
quantidades das drogas e repassavam entre 40 e 5 quilos para outros
compradores. Acreditamos que esses segundos compradores eram os que repassavam
para as biqueiras”, explicou.
Durante as investigações a polícia apreendeu 400 quilos de
droga, entre crack e cocaína. “Nos mandados de hoje foram encontradas
quantidades pequenas com alguns dos acusados”, disse.
Segundo o delegado, dois dos presos detidos hoje, tinham
atividades paralelas para auxiliar no tráfico. “Um era dono de uma loja de
celular e fornecia aparelhos novos frequentemente aos traficantes, inclusive
com linhas ativas em nomes de laranjas e o outro alugava armas”. Outros dois
detidos estavam escondidos dentro do forro da casa da esposa de um dos
fornecedores e foram presos em flagrante.
A polícia não identificou como as drogas eram transportadas.
“Nós só fizemos uma apreensão da droga em transporte e ela estava em um fundo
falso de caminhão. Acreditamos que eles mantinham esse tipo de transporte, mas
ainda não podemos confirmar”.
De acordo com os delegados, o grupo era “estruturado” e bem
organizado. “Os mocós [esconderijos de drogas], por exemplo, eram muito bem
feitos. Encontramos crack e cocaína em um ralo falso na casa de um dos
suspeitos, e, esse ralo, estava em baixo do piso laminado da sala da casa”,
contou.
Lavagem de dinheiro
Os criminosos usavam uma construtora para lavar o dinheiro
do tráfico. “Eles realmente construíam e vendiam imóveis, mas essa não era a
atividade principal da empresa. A maior parte da movimentação financeira era
devido ao tráfico de drogas. Os fornecedores eram os principais na lavagem
de dinheiro”, apontou Oliveira.
Busca e apreensão
Segundo o delegado Igor Romário de Paula, nos 37 mandados de
busca e apreensão finalizados pela equipe da PF foram apreendidos vários itens
de luxo. “Joias, carros e imóveis de alto padrão, celulares e, é claro,
documentos e computadores”, disse.
Os itens mais luxuosos eram usufruídos pela família de
distribuidores da droga.
Investigações
De acordo com a PF, as investigações começaram no início de
2016 a partir de denúncias contra um homem que já havia sido preso pela polícia
federal. Os investigadores identificaram o crime e os comparsas.
Nenhum dos presos hoje já haviam sido alvos de operações
policiais aprofundadas. Dois dos fornecedores foram presos em 2015, em
flagrante por porte de drogas. O principal investigado, era comprador de drogas
, estava “na vida do tráfico” há pelo menos 20 anos. Ele já cumpriu quatro anos
de prisão.
Os próximos passos serão definidos a partir da análise do
material apreendido.
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