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Foto: Reprodução site oficial |
Mesmo com sete modificações em relação ao time titular que
foi eliminado pelo surpreendente Al Ain nas semifinais, o River Plate confirmou
o seu favoritismo ao golear o Kashima Antlers, do Japão, por 4 a 0, neste
sábado, em Abu Dabi, e garantir a terceira posição do Mundial de Clubes da
Fifa.
O triunfo, consumado com gols
de Zuculini, Pity Martínez (duas vezes) e Borré, foi um consolo para os atuais
campeões da Copa Libertadores, que na última terça-feira empataram por 2 a 2
com os anfitriões da competição realizada nos Emirados Árabes Unidos e acabaram
sendo eliminados na disputa por pênaltis.
Já o Kashima havia sido
superada pelo Real Madrid na outra semifinal, na quarta-feira, por 3 a 1, e
assim fechou a sua campanha em quarto lugar e sem conseguir repetir o feito dos
também japoneses Urawa Red Diamonds, Gamba Osaka e Sanfrecce Hiroshima, que
conquistaram a terceira posição do Mundial sob chancela da Fifa nas respectivas
edições de 2007, 2008 e 2015 do torneio. O Kashima, entretanto, fez história em
2016 com um surpreendente vice-campeonato, só caindo na decisão diante do mesmo
Real Madrid.
Para o River, a vitória deste
sábado também foi um fim digno de campanha para a sua torcida, que compareceu
em ótimo número Zayed Sports City Stadium, que às 14h30 (de Brasília) deste
sábado terá a decisão do título entre Real e Al Ain.
Agora, resta ao time também
comemorar no Monumental de Núñez o título da Libertadores na grande festa que
está marcada para acontecer neste domingo no estádio do clube. Será a primeira
oportunidade da equipe de comemorar o título em solo argentino, pois o
confronto de volta da final da Libertadores foi realizado em Madri depois dos
adiamentos provocados pelos ataques ao ônibus do Boca poucas horas antes da
partida que seria realizada no Monumental de Núñez.
O JOGO - Um dia antes da
partida deste sábado, o técnico Marcelo Gallardo disse que ele e seus jogadores
"não viam a hora de voltar para Buenos Aires". E o clima de "fim
de feira" para a equipe argentina ficou claro com o fato de que o treinador
escalou o seu time com uma formação repleta de jogadores considerados reservas.
Já o Kashima, com uma
motivação maior para buscar a terceira posição, tratou de ir buscar a vitória
desde o início e por muito pouco não abriu o placar aos 10 minutos. Após
escanteio batido pela direita e uma bola desviada de cabeça, Seung-Hyun recebeu
na pequena área e desviou para a bola bater na trave e depois o goleiro Germán
Lux evitar o gol ao espalmar a bola na linha de sua meta.
O mesmo Lux voltou a trabalhar
em chute do brasileiro Serginho aos 14 minutos e o time japonês chegou a dar a
impressão de que poderia surpreender o River, mas logo este cenário mudou de
figura. Um minuto depois de Seung-Hyun Jung quase marcar contra após cruzamento
da direita, o time argentino abriu o placar no lance ofensivo seguinte. De la
Cruz cobrou escanteio da direita e Zuculini subiu para cabecear e ver a bola
tocar na trave e entrar no gol japonês, aos 23 minutos.
O gol foi tomado por Sogahata,
que havia acabado de entrar no lugar de Kwoun, que se lesionou em uma divida
com Borré no início do confronto. A partir dali, o River quase ampliou aos 25
em chute de Álvarez que exigiu ótima defesa de Sogahata, que voltaria a evitar
um gol em cobrança de falta de De La Cruz.
O Kashima, entretanto, era
perigoso quando atacava e acertou o travessão em chute de Anzai aos 43 minutos,
mas o River segurou para ir ao intervalo em vantagem. E, logo após a pausa, o
time voltou para o segundo tempo com as entradas de Ignacio Fernández e
Quintero para as saídas de Palacios e Jorge Moreira.
Aos 15 minutos, por sua vez,
Borré chegou a marcar após receber passe de Quintero, mas o jogador estava
impedido por muito pouco, apenas com o tronco à frente do último defensor do
Kashima, e o lance acabou sendo impugnado.
Valente, o Kashima quase
empatou o jogo aos 17 minutos com Shoma Doi finalizando cara a cara com Lux e
exigindo boa defesa do argentino. Porém, foi só um prenúncio de reação que não
se concretizou e que começou a ser transformado em goleada por meio de Pity
Martínez, que entrou no lugar de De La Cruz aos 23.
Foi justamente Martínez que
completou para as redes uma bela trama do ataque do River, aos 27 minutos, após
passe de Álvarez para ampliar para 2 a 0. E aos 33, em um contra-ataque, Borré
desperdiçou uma ótima oportunidade de fazer 3 a 0.
Sem sorte, o Kashima voltaria
a acertar o travessão por duas vezes, primeiro em chute de Doi, aos 38 minutos,
e depois em falta cobrada por Nagai, aos 41. E já aos 42, Borré foi derrubado
por Inukai dentro da área e o juiz deu pênalti. O mesmo Borré cobrou para abrir
3 a 0.
Mesmo depois do terceiro gol,
o River seguiu pressionando e desperdiçou outras chances, mas a goleada foi
garantida graças a uma pintura desenhada por Pity Martínez em Abu Dabi. Ele
recebeu a bola pela esquerda, se livrou de dois marcadores e, ao ver o goleiro
Sogahata adiantado, deu um lindo toque de cobertura para fazer um golaço e
decretar o 4 a 0, nos acréscimos, aos 47 minutos.
FICHA TÉCNICA
KASHIMA ANTLERS 0 x 4 RIVER
PLATE
KASHIMA ANTLERS - Kwoun
(Sogahata); Uchida (Ogasawara), Seung-Hyeon Jung, Inukai e Anzai; Leo Silva,
Endo (Nishi) e Hiroaki Abe; Serginho e Shoma Doi. Técnico: Go Oiwa.
RIVER PLATE - Germán Lux;
Moreira (Quintero), Martínez Quarta, Pinola e Casco; Zuculini, De La Cruz (Pity
Martínez), Camilo Mayada e Palacios (Ignacio Fernández); Julián Álvarez e
Santos Borré. Técnico: Marcelo Gallardo.
GOLS - Zuculini, aos 23
minutos do primeiro tempo; Pity Martínez, aos 27 e aos 47, e Borré, aos 42 do
segundo.
ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Fifa/Itália).
CARTÕES AMARELOS - Inukai e
Abe (Kashima Antlers); Casco, Martínez Quarta e Pinola (River Plate).
ÁRBITRO - Gianluca Rocchi
(Fifa/Itália).
PÚBLICO E RENDA - Não
disponíveis.
LOCAL - Zayed Sports City
Stadium, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).
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