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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
O ex-ministro petista Antonio Palocci afirmou, em delação
premiada, que a empresa do jornalista Roberto D’Ávila, à época dono de uma
produtora audiovisual, recebeu repasse de R$ 1 milhão para a gravar o filme
“Lula, o filho do Brasil”.
Segundo Palocci, a quantia teria sido paga pela Schahin Engenharia em
troca de 1 favor que ele teria prestado à empreiteira na Petrobras.
As informações foram reveladas pela revista Crusóe.
Roberto D’Avila, que atua no canal de TV paga GloboNews, nega que tenha feito qualquer pedido
a Palocci. Ele diz que não sabia que o dinheiro investido pela Schahin no filme
fosse produto ou fruto de propina.
O jornalista disse que a empresa não quis aparecer nos créditos do filme e
por isso foi realizado a produção de vídeo institucional sobre ela.
De acordo com a delação, no 2º semestre de 2018, Palocci se encontrou com
o empresário Milton Schahin, do Grupo Schahin, em São Paulo. O empresário
buscava apoio político para resolver 1 problema com a renovação de 1 contrato
com a Petrobras que envolvia a operação de 1 navio sonda da estatal.
Palocci disse ter procurado a ministra Dilma Rousseff e outros assessores.
Afirmou nos encontros que a empreiteira estava com dificuldades financeiras.
Segundo o ex-ministro, Dilma disse que iria ajudar. O contrato acabou renovado
em 2009.
No mesmo ano, Milton Schahin procurou Palocci para saber como remunerá-lo.
Disse que queria fazer uma doação ao ex-ministro.
Palocci relatou que dias antes havia mantido contato com Roberto D’Avila
–que precisava de R$ 5 milhões para finalizar a produção do filme “Lula, o
filho do Brasil”.
Palocci solicitou então a Milton Schahin que doasse R$ 1 milhão para a
produção do filme.
A cinebiografia que conta a história do ex-presidente estreou em 2010 e
custou R$ 12 milhões.
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